QUANDO MAMÃE SE FOI.

QUANDO MAMÃE SE FOI.

Quis a lagrima enxugar do destino

O sofrimento no rosto desse menino

Que no escuro transpira chuvas de medo

Na cama, cárcere que o faz de brinquedo

Dos fantasmas que riem do choro da morte.

O cobertor é o protetor do corpo entorte

No calor transformando o quarto em frio

Onde pensamentos nadam forte nesse rio

De pavor que a vida lhe trouxe de brinde.

Hoje, lembra de quando se ia ao deslinde

Sem psicólogo ou canudo de universidade

Sobre pedras e espinhos da família que habito

Que me elevaram à estância de bardo maldito

Na invídia de calcar o azo, da prática da caridade.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 20/07/2014
Código do texto: T4889945
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