JURAS MENTIROSAS


Juravas o amor! - E porque juravas?
Se mentias, dizendo amar verdadeiramente?
E minh'alma, feliz, alegre, contente,
Em juras e mentiras, acreditava.

Era imenso o amor que cantavas!
Que juravas-me ser eternamente.
Q'eu imaginava fosse pra sempre...
O amor que, por vezes, professavas.

Mas eram apenas palavras...E ao vento!
Q'eu imaginava, por contentamento,
Fosse-me a mais sublime expressão de amor.

Ou tão somente, juras! E por lamento...
A alma triste... - Sem alegramento -
A maldizer o que de nós restou!

                         Puetalóide



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Comentário em Destaque!


Doce, terno e eterno Puetalóide...!

Vejo que teus versos, como sempre foram... atingem a alma, a essência e o âmago de todos (as) aqueles (as) que desejam comungar em essência e primazia o que sua alma transborda em sentimentos. Prova disto são as interações poéticas tão vibrantes a suscitar em versos inspirados respostas que talvez o poeta "imaginou" receber quando desenhou liricamente o soneto posto. Todas, sem exceção, belíssimas!
Mas, o Poeta L.R. - em minha concepção - nasceu pronto com um ponto final sem qualquer reticência ao que sua alma canta. Você é absoluto no seu modo de tão peculiar e único de se revelar.
Cante o amor, com todas as suas juras sempre.
Por mais que seja breve o sentido e a direção que seus versos ousam demonstrar... jamais haverá "porquês e senões" que sua pena desejou não revelar.
Beijos carinhosos de quem te admira, respeita, reverencia de montão!

                         Liliane Prado



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A OUTRA FACE


Um dia eu te amei, acredita em mim.
Embora te pareça estranho isso eu dizer
já que nem crédito me dás, quando assim
te juro dizendo: - És injusto sem saber -

Lembra quantas vezes eu te pedia
... não me deixes sem carinho que morro.
Mas tu, nunca ouvias o que eu dizia
e nem te preocupavas. E sem socorro,

Minh'alma foi aos poucos definhando
porque tuas palavras, hoje sei tão verdadeiras,
me pareciam só existirem, me consolando.

Não eram ao vento as juras que eu fazia.
Eram em forma de lamento, derradeiras
Por um amor... eu sentia... que jazia!

                         Simplesmente Romântica



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Se verdade ou mentira, o que importa,
Já que todas as juras estão mortas,
Se nem mesmo o amor sobreviveu?
Erramos os dois, você e eu!
As juras nasceram do coração,
E eram sinceras quando eu as fiz!
Guardeas, então, como recordação
De um tempo encantado e feliz,
Que pra nossa tristeza, se perdeu...
Ou trate de esquecer as minhas juras,
Pra que não sofras tanto as amarguras
Capazes de roubar a tua paz.
Acredite, em partes, eram verdades,
Mas, quando dei por mim, já era tarde,
Tu também já não me querias mais!

Sonia Villarinho



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"... PALAVRAS AO VENTO..."


Fui eloquente ao expor cada assunto,
Mas minha didática, não se fez clara...
Parar pra me ouvir em dor se tornara...
Somos dois estranhos, vivendo junto...

Nossos ouvidos ignoram os decibéis,
Que dão ênfase aos bons argumentos...
Faltam sabedoria, paz e fundamento,
Pra nos entendermos, inverter papéis...

Minh'alma está rouca de tanto pedir,
Pra valorizarmos apenas nosso amor...
Abrimos a visão ao pleno esplendor,

Que fazem da vida, quem sabe existir...
Soltemos os espinhos em prol da flor,
Para sermos um, como disse o Pastor...

Jacó Filho



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DESCULPA MEU AMOR!


Desculpa meu amor!... Bem que tentei
Poder amar a ti perdidamente!
Por tua alma feliz que eu bem sei,
Tentei com todo ardor... continuamente!...

Um imenso amor eu para ti cantei...
Não era vã palavra displicente!...
Desculpa meu amor... Bem que tentei
Poder amar a ti perdidamente!...

Amava ver que o amor era tua lei
E nesse território, simplesmente
Plantei uma esperança e te dei
Uma ilusão que quis sinceramente!

Desculpa meu amor!... Bem que tentei!...

Ângela Faria de Paula Lima