O som de minha vida

Queria o som de minha vida

Respiro o gelo da solidão

Nada é sólido, nada tem chão,

Espero um lugar pra ficar.

Onde está minha esperança?

Como ser eu sem ser notada?

Nada consigo, eu nada serei,

Nada é crível, nada existe.

A cada hora solta, sinto um nó.

Meu peito arfa, até expira,

Com dó de mim sigo só, sorrindo.

Finjo ser eu por fim deliro,

Finjo uma felicidade oca,

Finjo que estou viva, vagando!

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 19/08/2014
Reeditado em 20/08/2014
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