Calvário

Dedico esse soneto ao menino:

Bernardo Boldrine

brutalmente assassinado.

Calvário

Vivendo o túmulo negro da solidão

E os meus Gritos, ninguém escuta,

Os pés no calvário é eterna labuta,

O amor que eu preciso é escuridão.

Abro a cova com carinho tropego,

Saio da terra quase semi-morto,

Minh'alma é mais caminho torto

Respirei fundo, buscando fôlego.

Estou vivo, respiro ar que resta,

O que me faltava viram mares...

E a "terra" vai enterrando ares.

Feito pés de Cristo no Calvário,

Nos melancólicos sóis dos dias...

O Calvário de tantas covardias.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 29/08/2014
Reeditado em 30/08/2014
Código do texto: T4942102
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