Soneto barroco

Neste dilema Barroco, seguem-se os dias.

Cultivo n’alma razões e fantasias.

Perco-me no inferno do que falo

Ou purgo-me no que calo?

Satirizo minhas ignorâncias

Escondo minhas virtudes

E roubo um beijo da existência.

Ora, vida... poupe-me dos dilemas.

Escreva-me uma história boa de ler,

Cante me uma canção que me tire do chão

E traga- me algo que valha a pena viver.

Calar cansa. Falar tal como.

Viver é deixar-se um pouco

de encontro em encontro.

Matheus Medeiros
Enviado por Matheus Medeiros em 10/09/2014
Código do texto: T4956916
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.