Borrão
Por um tempo, reconheço, me enganou.
Cheguei a dizer, sem saber: - Bela máscara!
Sorriso bem desenhado apresentavas
Até que o sábio descuido teu rosto mostrou
E o que se viu foram apenas “penas”
Deu pena, que pena, apenas, pena.
A triste figura não me espanta
Desencanta, desilude, dessaliniza.
A carta, anteriormente, mal redigida.
Agora é incompreensível borrão
Como escarro e tapa de mão amiga
E fica assim visível e exposto,
O que outrora chamava sorriso,
A mancha que agora chamo teu rosto.