Borrão

Por um tempo, reconheço, me enganou.

Cheguei a dizer, sem saber: - Bela máscara!

Sorriso bem desenhado apresentavas

Até que o sábio descuido teu rosto mostrou

E o que se viu foram apenas “penas”

Deu pena, que pena, apenas, pena.

A triste figura não me espanta

Desencanta, desilude, dessaliniza.

A carta, anteriormente, mal redigida.

Agora é incompreensível borrão

Como escarro e tapa de mão amiga

E fica assim visível e exposto,

O que outrora chamava sorriso,

A mancha que agora chamo teu rosto.

Matheus Medeiros
Enviado por Matheus Medeiros em 12/09/2014
Código do texto: T4959327
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