Degustar-te... Ah, eu queria degustar-te!
Em meus lençóis seu corpo, a pura arte,
Enlouquecendo meu corpo , tonto, torpe 
A sorver a alma, brincando com a morte.

Brota n’alma a grandeza do aparte
Na agonia de um afável baluarte,
Alheio ao prazer e a própria sorte
De ter-te deusa, sem que isso me importe.

A alma doa sua noite lancinante
E trinca os dentes num sorriso “gentil”.
Sorri sincera c’o a leveza do elefante,

E manda o corpo pra puta que o pariu.
Meu corpo é a alma que sorve arfante
Teu corpo e tua alma com fome febril.