Delato.
Quero confessar o amor que trago no peito,
Embora o sinta um tanto quanto solitário,
Não tenho pressa, mas se faz meu direito,
Contar-te quanto a amo e sou temerário,
Nesse amor a um ledo e gentil respeito,
Embora as agruras da vida o tenha molestado,
E mesmo com tais ranhuras e defeitos,
Consegue subtrair nas horas o seu legado,
Eu jamais poderia reconhecer esse valor,
A menos que seja indômito ao insistir,
Mas faço isso com pejo desse louvor,
Se culpa tenho no amor, é sua por existir,
Não amo publicamente, só com gentileza,
Amor que cabe só dois, disso, tenho certeza,