O Relógio Bate, Bate!

O relógio bate, bate; bate e o cuco cuca à toa

E o meu corpo, sua muito com o soar do cuco maluco!

As horas passam mas a noite permanece, me azoa;

Algum grito não me desperta, no silêncio eu murmuro!

Cuco cuca de hora em hora e me tira a paciência

Giro na cama e a coberta já se cansa do vai e vem

A madrugada quer conversa e me mostra a eficiência

De uma insônia tão malvada, e as badaladas ainda tem!

Olho o teto não vejo nada, só um texto que vou compor

Todavia, não lembro as palavras ou verbo a dizer

Lembro do cheiro da primavera, dos beijinhos do meu amor!

Volto então para a coberta que não me deixa esquecer

Da lacuna em minha alma; a insônia tão malvada que me despertou;

Do suor; do soar; do cuca maluco; do demorar o amanhecer

Carlos Atelson; 09/10/14

Carlos Atelson
Enviado por Carlos Atelson em 09/10/2014
Reeditado em 09/10/2014
Código do texto: T4992553
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