Proibido.
Eis que tenho um amor refratário a comutar,
Eis que o vi minguar sobre a recusa e fenecer,
Faz-se ingrata e renúncia o meu ledo amar,
Mesmo eu tendo o bastante para lhe oferecer,
Conte-me porque se faz arredia no amor,
Não tarda a noite lunar a opor-se ao dia,
Se tivesse esse sentir algum matemático valor,
Por certo no universo número infinito seria,
Se persiste nesta causa infame de pensar,
Faz-se ridículo esse meu incestuoso amor,
Despe-te dessa moralidade que há no amar,
E me aceite assim como o verão aceita calor,
Ó dama, que bem me faz esse mal proibido,
São tempos de sonhos, onde sonhei ser marido,