A Confiante

A Confiante

(Soneto)

Mostrou-se a meus ouvidos novamente!

Achando-se voraz, conquistadora,

Julgando ter um sim a qualquer hora,

Da minha “boca fácil”, docemente.

Que confiança extrema e de amadora,

Teve a pobre mulher, que tudo sente

Por quem lhe encha a lacuna… o olhar carente,

Para depois julgar ser sua escora.

Tornei-me numa boca inexpugnável!

Aquela que é de amargo paladar…

Que virou um terreiro inviolável.

Só volve a mim, quem tem o seu lugar;

Não quem se julga sempre irrecusável,

Vivendo na ilusão de assim se achar!

André Rodrigues 4/11/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 04/11/2014
Código do texto: T5023003
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.