NA REDE

NA REDE

No balanço tão suave da rede,

Me deitei logo após o jantar.

Não alcanço meu pé na parede,

Me deixei desta forma parar.

No remanso como ave com sede,

Meu espírito sai a voar.

Nem me canso meu corpo lhe impede,

Que ele siga fazendo-o voltar.

Numa elíptica via estelar,

Foi bastante um instante somente,

Como um sonho vivido passar.

Não obstante me vi transparente,

Como um anjo tão puro a cantar.

E na rede acordei calmamente!...

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 09/11/2014
Código do texto: T5028354
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