Pálidos papéis.
De que adiantas olhos se não posso detê-la,
Se de mil abraços só um me apraz o desejo,
Dir-se-ia em palavras o que diz um beijo,
Na vontade insana de então conhecê-la,
Se pudesse dizer o brilho que seus olhos têm,
A inveja da lua no céu se faria presente,
Como um farol a guiar, o mar então se rende,
Reluzindo a divina graça que em ti detém,
Pode os papéis pálidos que escrevo mentir,
Pois nada que rascunho decerto é genial,
Quem crerá que tais olhos ousaram existir,
Nos simples versos de um pobre mortal,
Ei-los de dizer que a descrevo com louvor,
Com saudade nos olhos do meu amor,