Pálidos papéis.

De que adiantas olhos se não posso detê-la,

Se de mil abraços só um me apraz o desejo,

Dir-se-ia em palavras o que diz um beijo,

Na vontade insana de então conhecê-la,

Se pudesse dizer o brilho que seus olhos têm,

A inveja da lua no céu se faria presente,

Como um farol a guiar, o mar então se rende,

Reluzindo a divina graça que em ti detém,

Pode os papéis pálidos que escrevo mentir,

Pois nada que rascunho decerto é genial,

Quem crerá que tais olhos ousaram existir,

Nos simples versos de um pobre mortal,

Ei-los de dizer que a descrevo com louvor,

Com saudade nos olhos do meu amor,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 10/11/2014
Reeditado em 04/12/2014
Código do texto: T5029733
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