Além da morte.
Posto que é fogo o que arde sem se ver,
A brisa fina a noite não escusa a cair,
Indômito é o amor que julga sem saber,
A rubra face do amar que está por vir,
A noite em astros põe-se a subverter,
E podes ver em mim o crepuscular,
O dia no alfanje do amanhecer,
No frêmito ínterim do verbo amar,
O dia se extinguindo no sol poente,
No repouso dos ramos as despedidas,
A mocidade ígnea é o que nos prende,
Na estação do ano, e por toda vida,
Eis que é amor o que se faz forte:
amar é o que nos uni além da morte,