Contigo.
A dar-me logo o céu a doce brisa,
Na manhã primaveril que se esplende,
De ti a estação na nudez cativa,
Com a volúpia do outono se estende,
E esse tempo fugitivo era do inverno,
Que o frêmito a folha e árvore se despia,
Era excessiva a diatermia do inferno,
Por vezes brilha o poente em demasia,
Contigo presente o estio se fez vivo,
Ou tanto a noite em astros anunciar,
Em ti o prazer dum ano é furtivo,
O dia se extinguindo ao sol lunar,
Que tens a meu ver um tom altivo,
No repouso indecente que é amar,