Imortal

Nem o ouro, nem a prata nem a glória,

Há de durar a sanha do tempo á rima,

De mãos dadas com os versos á memória,

Na estrofe de um soneto, obra prima,

Pode um mártir vir a fenecer e ficar só,

Pode a estátua e busto na guerra tombar,

Pode o mar por um instante virar pó,

Só não pode a flâmula do amor apagar,

Há de se crer nos teus passos dominantes,

Há de se vencer tua sina de mortal,

No devir, estará a face de gigantes,

Enfim, há de ser semelhante ao imortal,

Pois até a regra se quebra, com efeito,

Eis que o amor vive, aqui, junto ao peito,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 11/11/2014
Reeditado em 02/05/2015
Código do texto: T5031747
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