Agrado.

Tenho um olhar fátuo a ti contemplar,

Que me perdoem os deuses e seus encantos,

Se há algo semelhante só o vi no sonhar,

Eis que o sonho mente, eu lhes garanto,

Eis que falo e sendo poeta não vos quero iludir,

Mas há certa reticencia nas parolas que rimo,

Se minto e sou poeta decerto dobro o mentir,

No ver saberão que há verdade no que exprimo,

Se vos pudesse descrever com exata precisão,

Vós que olhos só viram certas coisas banais,

Nos céus de púrpuras os deuses a invejarão,

Dirá, a criação perfeita se vela entre mortais,

A beleza em ti se curva como valete ao rei,

A princesa um agrado, nesses versos que rimei,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 13/11/2014
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