Agrado.
Tenho um olhar fátuo a ti contemplar,
Que me perdoem os deuses e seus encantos,
Se há algo semelhante só o vi no sonhar,
Eis que o sonho mente, eu lhes garanto,
Eis que falo e sendo poeta não vos quero iludir,
Mas há certa reticencia nas parolas que rimo,
Se minto e sou poeta decerto dobro o mentir,
No ver saberão que há verdade no que exprimo,
Se vos pudesse descrever com exata precisão,
Vós que olhos só viram certas coisas banais,
Nos céus de púrpuras os deuses a invejarão,
Dirá, a criação perfeita se vela entre mortais,
A beleza em ti se curva como valete ao rei,
A princesa um agrado, nesses versos que rimei,