RECÔNDITA LUA, DOS SONHOS MEUS

Noite escura pavorosa em lástima

e o céu cinzento escondendo a lua

da mágoa perdida que é minha e sua

duma lembrança antiga e agora morta!

Firmamento sombrio à brisa venturosa

devaneios perdidos da lembrança tua

tropeçando na noite em vaporosa rua

ao buscar agrados na visão nebulosa!

E antes que o dia venha de vez a raiar,

muito antes que amanheça em realidade

e que leve embora de vez esse horrendo sonho,

mostras a bela esperança em teu natural cintilar

de onde embelezas o semblante da eterna saudade.

Mostra-me uma centelha tua ao olhar tristonho.

Claudianor D. Bento - outubro de 2011