Ai, se eu pudesse!
Ai, se eu pudesse!
Quando eu deixar o útero da terra;
quando eu voar, dos céus, à amplidão,
eu deixarei aqui meu coração,
pois o peso do amor, o pobre emperra.
Que fique neste mundo, mar ou serra,
perdoando ou buscando achar perdão.
Que sirva para alguém de inspiração...
É demais pra levar o que ele encerra.
É muito amor, tristeza e poesia
e, lá no céu, não entra ansiedade
pra não prejudicar as alegrias,
não poluir a santa eternidade,
mas se eu pudesse, bem que eu gostaria
de levar, de você, essa saudade.
Gilson Faustino Maia