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O PRISIONEIRO [548]
Um canoro silêncio, o mais suave,
eis invade a mansão da madrugada;
do luar, n’amplidão embaciada,
luz argêntea, diáfana, tão grave.
As estrelas nem luzem quase nada,
em razão de uma lua, a bela nave,
que tateia lonjuras, sem entrave,
num alvor de aprazível cavalgada.
Mas o preso, nas grades lá da cela,
tinha dentro de si grises escuros
- nele um cerne cheinho de procela.
Por motivos dos sonhos libertários,
um pulha ditador lhe erguera muros,
à mão de pulhas tantos mercenários.
Fort., 07/12/2014.
O PRISIONEIRO [548]
Um canoro silêncio, o mais suave,
eis invade a mansão da madrugada;
do luar, n’amplidão embaciada,
luz argêntea, diáfana, tão grave.
As estrelas nem luzem quase nada,
em razão de uma lua, a bela nave,
que tateia lonjuras, sem entrave,
num alvor de aprazível cavalgada.
Mas o preso, nas grades lá da cela,
tinha dentro de si grises escuros
- nele um cerne cheinho de procela.
Por motivos dos sonhos libertários,
um pulha ditador lhe erguera muros,
à mão de pulhas tantos mercenários.
Fort., 07/12/2014.