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PRECE AO PADROEIRO* [551]
Ó São José, fazei chover no chão,
lá das várzeas adustas ao sertão!
A gleba há de molhar; a agricultura
só vai bem se chover e vir fartura.
Sapos hão de cantar seu foi não foi
e, nos campos, viçarem vaca e boi.
Padroeiro, mandai molhar a terra,
esse chão, pelos vales, sobre a serra.
Em quebradas, baixios, pelos montes,
onde vão, cristalinas, virem fontes...
Então, o inverno vai parir sementes.
E, por Deus, ó José, nada de enchentes,
que chuva é bom demais, porém sem risco.
Incerto é transplantar-se o São Francisco.
Ó São José, fazei chover no chão,
lá das várzeas adustas ao sertão!
A gleba há de molhar; a agricultura
só vai bem se chover e vir fartura.
Sapos hão de cantar seu foi não foi
e, nos campos, viçarem vaca e boi.
Padroeiro, mandai molhar a terra,
esse chão, pelos vales, sobre a serra.
Em quebradas, baixios, pelos montes,
onde vão, cristalinas, virem fontes...
Então, o inverno vai parir sementes.
E, por Deus, ó José, nada de enchentes,
que chuva é bom demais, porém sem risco.
Incerto é transplantar-se o São Francisco.
Novembro de 2004.
Fort., 14/12/2014.
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(*) Este soneto dormiu, na gaveta, durante exatos dez anos, até que hoje, sem outra inspiração, resolvi retocá-lo e aqui dar a lume. Seu título original era Soneto pra São José e recebeu apenas leves alterações. Em tempo: São José é o santo (operário, era carpinteiro) padroeiro do Ceará. Popularíssimo em todo o Nordeste brasileiro. No dia a Ele consagrado, a data de 19 de março, realizam-se procissões, com o santo sendo levado em andores, como o que se observa na foto acima.