Hiato.



Nos espaços tênues entre os pensamentos
Há os sonhos...  Irreal e arredio dos minutos...
Enganos, cores e amores das vidas expectantes
Ilusórias fugas do fado de todas que vivemos.
 
Atraídos a demência, desta que todos temos
Que por ora, existimos, mas a grande verdade
Entre Ser e não o ser a suprir vazios mútuos.
Do estar e não estar! Viver é a disparidade...
 
N’outro o intangível, idear o que seremos,
Sem que saibamos acertadamente, o que ou quem!
N’outro instante ainda, idéia do que fomos!
 
E da reminiscência que éramos um alguém...
Restará sequer sentimento, pó se vai ao vento...
Hiato das palavras, idéias...  Nada é o que somos!

 



 
Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 14/12/2014
Reeditado em 14/12/2014
Código do texto: T5069663
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