Ó Mulher Amada! O meu corpo clama
Pelo seu corpo quente, ardente chama.
Para explodir meu fogo n’alma carente
De um corpo torpe no tesão premente.

Conspiro na angustia ao propor a cama,
Onde os quereres da luxúria insana
À desejam nua, suada e envolvente,
Na noite louca, safada, indecente!

Quero-a devassa no sonho libertino,
Ter seu melhor gemido com vinho tinto.
Lembrar das delícias do banho menino,

Penetrar teu fogo com o fogo que sinto.
Gozando o deleite de meu desatino,
Na cama lasciva ou num labirinto.