APENAS UM OLHAR , NADA MAIS
Derramam-se olhares sob as folhas das estações
Buscando um amor que esteja embaixo, escondido
Vasculhando os mais inusitados porões
Quem sabe lá, não há um amor perdido?
Esconde-se hà tempo, por não ser permitido
Na certeza de não ser somente paixões
Preferia que nunca fosse reconhecido
Por que em vida , viveu de ilusões
Estes atentos olhares, levado em monções
Escorreram entre os dedos que rompem grilhões
Punhos fechados em riste ficaram
Quando teus olhos os meus encontraram
Foi como o sol que a tardinha se põe
Deu vida a um poeta que hoje compõe.