DEPOIS DAQUELE ADEUS...

Depois daquele adeus, morreu-se o encanto,

Deixando este silêncio abismal...

Morreu minha alegria em basto pranto

E aquele meu deleite trivial.

Morreu também a paz habitual

Que existia, aqui, em cada canto...

E aqueles sonhos, como um temporal,

Caíram sobre mim em desencanto.

Os poemas que fiz sempre sonhando,

Morreram de saudade te esperando,

Nos versos que eu nunca escrevi...

Morreu cada esperança que havia,

E, assim, como o sol no fim do dia,

Depois daquele adeus, também morri.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 22/12/2014
Reeditado em 22/12/2014
Código do texto: T5077914
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.