Catarata da Tristeza

Eu quero desta vida uma nascente

Tenaz corrente mas de paz de louro

Cruel o tempo fugaz, corroi o ouro

O amor, maior tesouro, é permanente

Eu quero desta vida indiferente

Fluir de minha nascente mais tesouro

Que o tempo é cruel, é matadouro

Dos sonhos que anseias no presente

Mas não se turbe as farpas desta vida

E lave em minhas águas suas feridas

Deixa partir as mágoas a correnteza

Que seja esse um rio de amargura

A resguardar do mundo, a desventura

Desolada catarata da tristeza

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 03/01/2015
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