BRUMAS DE LÁGRIMAS
Pediu uma benção à mãe natureza,
Que não mais deixasse seu pranto cair,
Que as gotas do choro virassem certeza,
Da rega ao jardim para a vida florir.
O céu transformou cada lágrima quente,
Em parte da bruma que envolve a manhã,
Carícias molhadas no toque envolvente,
Nos lábios na cor da vermelha romã.
A úmida brisa moldou a saudade,
Em doce quimera despida em vaidade,
Os sulcos da face deixou de marcar.
Seguiu o percurso no ciclo traçado,
Cumpriu o destino na tela pintado,
Do sal que pediu para o céu desvendar.