BRUMAS DE LÁGRIMAS

Pediu uma benção à mãe natureza,

Que não mais deixasse seu pranto cair,

Que as gotas do choro virassem certeza,

Da rega ao jardim para a vida florir.

O céu transformou cada lágrima quente,

Em parte da bruma que envolve a manhã,

Carícias molhadas no toque envolvente,

Nos lábios na cor da vermelha romã.

A úmida brisa moldou a saudade,

Em doce quimera despida em vaidade,

Os sulcos da face deixou de marcar.

Seguiu o percurso no ciclo traçado,

Cumpriu o destino na tela pintado,

Do sal que pediu para o céu desvendar.

Elair Cabral
Enviado por Elair Cabral em 10/01/2015
Reeditado em 10/01/2015
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