Crença!

Cedo! Amoleço em teu braço...De aço...
Desfaço o laço apertado do abraço
Mas, volto ao teu colo, como devasso
Desse compasso, de mim um pedaço!

Lembro-me o que antecedeu ao cansaço;
Lanço-me, lasso, nesse forte espaço
Transformo o amor, sem embaraço, em traço
De paz, com a cabeça no teu antebraço.

Da criança ouço passos, nada faço.
Quero outro abraço antes que se desfaça
O laço, e te aperto: todo medo esqueço.

Cruzo a fronteira do espaço e agradeço
Esse momento lascivo, sem ofensa,
Que se insinua sobre nós como crença.