Dos olhos de quem crê

(Luisa Lincce)

Toda a luz que adentra o verso

E enche os olhos de quem crê,

Vem da alma de quem lê

A poesia do Universo...

Clareia até ao adverso,

Quando, livre, dá-se à fé;

Enxerga pelo que é

E traduz-se em canto terso.

Da certeza do que espelha,

A alma se faz centelha.

E é chama, na própria guerra.

Do bem de romper os véus,

Redefine os passos seus,

No que lhe cabe na terra.