Se soubesses da ira enfurecida
Que me atormenta a alma insana,
Pensarias com mais calma a despedida,
Pra não afogar meu louco noutra cana!

Varram-se espíritos! Com ou sem vida!
Abram-se chagas na besta que me dana!
Sem teu corpo minha alma fica perdida...
Sem tua alma, teu corpo não me engana!

Ser encantado... por que te amo tanto?
Por que não suporto tua ausência?
Praticas por mim outro tipo de encanto,

Ou é meu amor que nasceu na demência?
Dêem-me uma cruz, aos pés de um santo,
Pra minha fé fazer jus a tua clemência...