Fazei-me ser Feliz

Fazei-me ser Feliz

(Soneto)

Ó gente que morreste… que cobiço

Por terdes alcançado o bom descanso!

O que há tanto procuro e não alcanço,

Ah! Como vos invejo… saibam disso.

Enquanto vosso corpo ganha ranço,

O meu gangrena vivo mas sem viço.

Já nem felicidades mais eriço,

Já nem com utopias lindas danço!

Ó gente que deixaste de ser gente,

Que passaste da terra a ser semente!

Vinde buscar-me, quero arrefecer!

Plantai-me no jardim do eternamente,

Secai este meu pranto tão dolente,

Fazei-me ser feliz e falecer!

André Rodrigues 6/3/2015

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 06/03/2015
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