O Espectro

É meia-noite, o cemitério é frio...

Escura névoa, densamente escura,

Invade espaços, gélida, procura,

Entre sombras o bálsamo sombrio...

Morto o luar, estático, vazio,

A iluminar a antiga sepultura,

Dum ser amargo, amarga criatura,

De aspecto imensurável e bravio...

Deixa ao luar martirizados lírios,

E branca, majestosa, solitária,

Andeja à luz de lívidos martírios...

Passa e segue, sinistra, funerária,

E some, desgraçada, aos quatros círios,

Na escuridão da campa mortuária!

07 de março de 2015.

Fabio Los Santos
Enviado por Fabio Los Santos em 10/03/2015
Reeditado em 17/09/2017
Código do texto: T5165102
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