Soneto da Ária do Eterno

Enquanto acordo desperta em mim poesia,

no horizonte a luz solar irradia

desorvalhando em tom fulgurante

o meu jardim e a paz do hierofante.

É magistral o nascedouro do dia

e vai além da letra que é cosmogonia,

é o divino espasmódico da criação

vivificando seu eu como sua extensão.

Desabam anjos e o homem floresce

em um soneto d’onde a alma adolesce

e se explana a desaguar no infinito

eterno véu é desvelado no mito

então as vozes em harmonia e clamor

entoam o cântico, a ária do clangor.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 12/03/2015
Código do texto: T5167071
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