Soneto do Vento que Corrói as Ondas do Mar do Tempo

O pensamento do tempo é vetusto

e se emaranha na flor da ampulheta

que trás a areia da luz de um cometa

que cruza o céu rubro do holocausto.

A morte ronda com seu olhar onusto

esfomeada pela alma do planeta

e colhe a vida onde inda é repleta

e a carrega em seu abraço robusto.

O pensamento às vezes moribundo

da prole inerte no cais do submundo

e embarcar em passos n’uma barcaça

p’ra navegar em ondas co’a carcaça

que se desfaz nessa toada do tempo

onde o desgaste é a corrosão do vento.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 12/03/2015
Código do texto: T5167072
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