Madrugada Demorada.

Não vi a hora passar

e já é longamente madrugada.

Na luminária recordo a imagem

daquele que bem entrou na minha noite.

Tenho tudo em minhas mãos

papeis, canetas, jornais.

Esperei olhar em mim e reconhecer

nada vi a não ser meus pais.

Afinal de quem eu me olho para trás?

Sou tua ou não tanto faz.

Enobreço seus braços e esqueço meus traços.

Vivifico onde moro e em tu demoro

meu olhar de desprezo é comigo mesmo.

não entendo porque o escárnio marasmo.

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 11/04/2015
Reeditado em 12/05/2015
Código do texto: T5202709
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