Não há de perdurar o gozo, riso

Não há de perdurar o gozo, riso

A vida não reserva outro fado

Do que lembrar o gozo do passado

A vida que se foi sem prévio aviso

Hás de recordar outros sorrisos

Em tempos prazerosos apaixonado

Não como no presente derrotado

Perdendo aos pouco o resto do juízo

E a vida é assim como um sonho

Que passa brevemente sem demora

Trazendo este presente tão medonho

Inevitavelmente a vida é assim

Essa breve alegria que hoje vigora

Já semeou na alma o derradeiro fim

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 11/04/2015
Reeditado em 11/04/2015
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