Não agüento mais, comece pelo beijo,
Venha, possua o que pede teu desejo.
Não sou mais dona de minha relutância
Abro-me a ti e a tua ignorância.

Ata-me a teu corpo, quero teu sobejo,
Deixar meu corpo a te fazer gracejo.
E enlouquecida na protuberância
Sugar a vida em gotas de abundância.

Anda! Penetre a alma pervertida
Com toda a força de suas carências.
Puxe as rédeas e meta a tua vida,

Até que jorrem nossas resistências.
E assim curemos mais uma ferida
Fechando os cortes de nossas ausências.