E nos rasgos, eu paro o tempo

Estou só, eu e meus pavores,

Queria sorrir e não consigo, medo,

Sinto saudades de mim,

Sinto a ausência de mim,

A única certeza é que nada existe,

Vivo para tentar sorrir e nada.

Estou dentro de um pesadelo,

Surreal é a vida dos solitários.

Me agarro a certezas mortas,

Sinto a grande ausência de mim,

Acredito em coisa nenhuma.

Meu desespero é imaginário,

O desespero dói, rasga demais,

E nos rasgos, eu paro o tempo.

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 13/05/2015
Reeditado em 29/05/2015
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