Catedrais

A minha alma é quão catedrais

Empoeirada de longínqua data

Outrora foi canto de viva sonata

Subindo aos céus notas angelicais

Ornamentado por luzente castiçais

Feito a gloria no fulgor da prata

Na beleza singela de mil serenatas

A abrandar as almas dos tristes mortais

Mas pós investida de clavas e adagas

Da crueldade vigente dessa vida

O meu canto morre como as margaridas

E as luzentes velas, todas apagadas

E de meus pedaços desta triste paga

Eu edifico um mundo de almas perdidas

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 28/05/2015
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