Tu eras do silêncio o mais secreto
Tu eras do silêncio o mais secreto
Oculto entre a multidão de gente
Andava pelo mundo indiferente
De indiferença estava tão repleto
Tu suportava as dores, paciente
Com o peito mais firmado que o concreto
Não teve um ombro amigo, um afeto
Como se fosse ao mundo inexistente
Ninguém te viu sofrendo pelos cantos
Magoado, cabisbaixo em prantos
Ninguém ouviu seu choro, ninguém te viu
O mundo para ti foi negro e duro
Te confinou em becos obscuros
Nasceu, cresceu mas nunca existiu