Tu eras do silêncio o mais secreto

Tu eras do silêncio o mais secreto

Oculto entre a multidão de gente

Andava pelo mundo indiferente

De indiferença estava tão repleto

Tu suportava as dores, paciente

Com o peito mais firmado que o concreto

Não teve um ombro amigo, um afeto

Como se fosse ao mundo inexistente

Ninguém te viu sofrendo pelos cantos

Magoado, cabisbaixo em prantos

Ninguém ouviu seu choro, ninguém te viu

O mundo para ti foi negro e duro

Te confinou em becos obscuros

Nasceu, cresceu mas nunca existiu

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 31/05/2015
Reeditado em 09/09/2018
Código do texto: T5260953
Classificação de conteúdo: seguro