Soneto II - Pseudo Poeta

Eu não sou poeta! Sou, sim, um falsário,

Porque meu verso torto não tem métrica.

E Mesmo sendo um sopro involuntário

As Minhas rimas pobres não têm ética.

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Pois são, na verdade, um golpe ordinário

De quem não tem estudo na arte homérica,

Mas goza em ser um revolucionário

Nas linhas de suas meditações feéricas.

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A epopeia não existiu. Nem o cordel.

Não existe haicai, mas apenas um véu

Que me brinda com incomum paixão.

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É mais que um soneto, talvez epíteto

Que dá para humanidade o decreto

De ver livre seu pobre coração...

* Premiado com Menção Honrosa no XI Concurso Estadual de Poesia da Ordem dos Advogados do Brasil - São Paulo.

http://www.oabsp.org.br/noticias/2017/10/advogada-de-regente-feijo-vence-xi-concurso-estadual-de-poesia.12006

Ygor Pierry
Enviado por Ygor Pierry em 18/06/2015
Reeditado em 11/10/2017
Código do texto: T5281527
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