Fantasia

Com teu amor criei, intempestiva

e erroneamente, uma cor fantasiosa

Cuja impressão foi tão maravilhosa

Que em policromo não se adjetiva.

Fantasiosa - eu disse - e perigosa,

A etérea cor tornou-se relativa.

- Pois, quanto mais brilhava inofensiva,

Mais no meu peito ardia escandalosa.

Vivi por ela aceso e enfeitiçado,

E em seu clarão segui, tão programado

Quanto um robô nas mãos de quem o guia.

Mas, concluí dois versos de verdade:

Nem toda cor transluz felicidade,

Nem todo amor supera a fantasia.

24/06

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 26/06/2015
Reeditado em 12/12/2016
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