Eu tenho as mãos tirante a bronze antigo...
Ao poeta Nestório da Santa Cruz
Eu tenho as mãos tirante a bronze antigo,
Medrosas e sutis, morenas., mansas...
Parecem um parzinho de crianças
As quais os pais pusessem de castigo.
E quando o sol recolhe as suas lanças,
(Lá vêm as horas que amo e que bendigo!)
Eu peço as duas com sorriso amigo:
- Ide colher Saudades e Lembranças!
E elas se vão, e voltam , radiosas,
E lançam ao meu rosto umas imagens
Tal s´espalhassem pétalas de rosas...
Ah, minhas mãos... já não há mais distância
Entre o fundo do lago e as suas margens;
Entre o tempo presente e a minha Infância!
jan 2015