Eu tenho as mãos tirante a bronze antigo...

Ao poeta Nestório da Santa Cruz

Eu tenho as mãos tirante a bronze antigo,

Medrosas e sutis, morenas., mansas...

Parecem um parzinho de crianças

As quais os pais pusessem de castigo.

E quando o sol recolhe as suas lanças,

(Lá vêm as horas que amo e que bendigo!)

Eu peço as duas com sorriso amigo:

- Ide colher Saudades e Lembranças!

E elas se vão, e voltam , radiosas,

E lançam ao meu rosto umas imagens

Tal s´espalhassem pétalas de rosas...

Ah, minhas mãos... já não há mais distância

Entre o fundo do lago e as suas margens;

Entre o tempo presente e a minha Infância!

jan 2015

Quintiniano
Enviado por Quintiniano em 08/07/2015
Código do texto: T5303863
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