Permanecer

É deste chão com o mínimo

de cor que componho.

Nas asperezas da vida, sobre

o pó desfilei meus pensamentos.

Eu tenho aquela saudade soterrada

que o amor abrigou.

Virou outono, e se foi pela poeira fina.

Enfeitavam minhas lágrimas entristecidas.

Abandona-me logo choro sem verso.

Choro de outros carnavais.

Sei me aquecer durante o inverno.

Tenho chuvas dentro de mim regando-me.

Elas florescem os brotos da poesia, desprendendo-se sem chorar.

Há vivência nas palavras, há um versejar sobre a mesa.

Autoria: Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 11/07/2015
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