Opulento coração de poeta

E quem, ao ler Camões, não nos diria:

"Eis um rei! Dos mais ricos, mais honrados,

Mais alto que os barões assinalados,

Adamastor nos mares da poesia."

Ardente como o amor que nele ardia,

Ó doce Dinamene, quantos fados...

Camões, el-rei, senhor dos torturados

Poetas, que a virtude não perdia.

Dom Pedro sem a sua Inês de Castro,

Tu fosses, meu poeta, e tua dor

A todos toca, como a luz de um astro,

E há tanta humanidade em teu labor...

E há perlas, joias, ouro no teu rastro,

Caídos do eldorado interior.

Edgley Gonçalves
Enviado por Edgley Gonçalves em 29/07/2015
Código do texto: T5328316
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