Mortuária
Mortuária do sangue escuro do estige
Devassidão feita do ídolo de pedra
Nos mistérios do inferno que medra
Na luxúria da treva que a ela aflige.
No beiço voraz se farta da megera
Na carne da amante do amor bendito
O rugido desumano no brilhante granito
Num estrondo bizarro de iníqua fera.
Precipício na sepultura do medo
Escarras nos tétricos do degredo
Uivos delirantes na lascívia do cio.
Ao cruzar o mal da alcova, os sarcasmos
Noite de sexo nos cálidos orgasmos
O teu ósculo sanguíneo que tanto rio.
DR DMITRI