Vi no homem que chorava sua agonia
Em noite eterna fria e tenebrosa,
A tristeza castiça e esplendorosa,
Tão pura que a toda vida consumia.
E o homem lamentava o que sabia
Ser o fim de seu amor pela formosa.
A criatura mais bela e preciosa,
O desdenhou e seu amor já não queria.
Vi um homem agora via um trapo,
Que na sarjeta se entregava telho.
Sobrava pouco, apenas o farrapo,
De um amor que se esvaia de joelho.
A tristeza me deixou estupefato,
Ao ver a minha imagem no espelho.