A Noite

Vem nascendo agora nesta noite

Desperta a fera morta dos sonhos

Medroso o duende dos vis bisonhos

Suspirando morre no tronco do açoite.

Na névoa o manto que aqui ainda morre

Cruzam animais e homens estranhos

Nas mansas veredas do entranho

Nas verdes valas do óleo que escorre.

E pouco a pouco se devolve a bruma

Tudo se entristece na terra da espuma

As flores desaparecem nesta sombra.

Porém no espectro triste uma calma

Murmura o anjo da disgra se assombra

Como o pobre morto cravado na sombra.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 22/06/2007
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