Sobras
O Brasil que eu não sonhei!
Menino, pouco mais de oito anos.
Perambulava pelas ruas da cidade
Mendigando, vai de porta em porta,
Colhendo sobras pra matar a fome
Pés descalços pisando a calçada fria
Entre tanto luxo, ele não tem nada.
Parado em frente, às vitrines ele sonha,
Pela vidraça vê sua roupa remendada.
Entre os grandes prédios se vê perdido
Ele que só tem a rua como moradia
Na calçada fria, uma cama de jornais.
Um velho cobertor que catou no lixo,
Alem da vida e o seu bem mais valioso
Sobra de alguém que não precisava mais.
Volnei Rijo Braga
Pelotas: 13 / 09 / 2015