Meus monstros
Mil garras apontadas feito lanças
Insensível ao rugir de minhas dores
Oculto em minha alma os meus horrores
Aglutinando terríveis alianças
Me afogando em lembranças dolorosas
Tornando-me tal meus monstros a semelhança
Me agarro em vão em parcas esperanças
Que livre-me de minhas feras raivosas
E eu desço os meus mausoléus escuros
Longe da claridade e formosura
Cercado de odiosas criaturas
Perdido nestes becos obscuros
E após sofrer intensa desventura
Edifiquei em meu peito altos muros