Meus monstros

Mil garras apontadas feito lanças

Insensível ao rugir de minhas dores

Oculto em minha alma os meus horrores

Aglutinando terríveis alianças

Me afogando em lembranças dolorosas

Tornando-me tal meus monstros a semelhança

Me agarro em vão em parcas esperanças

Que livre-me de minhas feras raivosas

E eu desço os meus mausoléus escuros

Longe da claridade e formosura

Cercado de odiosas criaturas

Perdido nestes becos obscuros

E após sofrer intensa desventura

Edifiquei em meu peito altos muros

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 13/09/2015
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